domingo, 28 de setembro de 2008

Touro foge e destrói carro à marrada

""Um grande susto!" É assim que os populares que visitavam a Feira Anual de Setembro em Vendas Novas caracterizam o episódio acontecido durante o dia de ontem. Um toiro adulto, com mais quinhentos quilos, fugiu da carrinha que o transportava causando momentos de aflição. As investidas do animal causaram avultados prejuízos materiais numa viatura e escoriações na mulher que se encontrava no interior da mesma.

"Destruiu o carro à marrada. A senhora sofreu alguns ferimentos ligeiros e escoriações, mas foi mais o valente susto que apanhou", disse ao CM fonte dos Bombeiros de Vendas Novas.

O animal deveria ter sido lidado na corrida marcada para as 16h00, que era simultaneamente um concurso de ganadarias, mas as muitas pessoas presentes nas imediações à altura da fuga não deixaram outra hipótese à autoridade. "O animal foi abatido a tiro por estar a colocar em risco a integridade física de muita gente", disse ao nosso jornal o capitão Manuel Jorge, relações públicas da Brigada Territorial 3 da GNR."

In Correio da Manhã

O animal foi abatido. Pois claro! Colocou pessoas e bens em perigo... E quem o prendeu, e quem decidiu sobre a vida dele, e quem se achou no direito de o subjugar às suas vontades? Não merecia ser abatido? Nãão! Eram pessoas, com uma vida, sentimentos, capazes de racionalizar... Que raio de capacidade é esta que nos impele para o mal e para fazer sofrer? Merecerá viver uma criatura porque racionaliza, mas usa essa capacidade para fazer sofrer, ou merecerá antes uma cuja capacidade de sentir é desprezada e que só quer viver em paz? Acho que não há mais nada a dizer.

sábado, 6 de setembro de 2008

Criar ratos de laboratório custa 36 milhões de euros

"Azambuja: Investimento é forma do Governo "calar" Município pela "perda" do aeroporto da Ota

Um animalário com cerca de 25 mil gaiolas, onde serão criados, essencialmente, ratos destinados à investigação científica. Este é o único projecto privado que ruma à Azambuja incluído no pacote de compensações do Governo.

O objectivo do futuro centro de produção de cobaias é fornecer vários animais - ratos, peixes ou coelhos - a universidades e a laboratórios farmacêuticos em Portugal e a toda a Europa. Trata-se de um projecto da Fundação Champalimaud, numa parceria com a Universidade de Lisboa e a Fundação Calouste Gulbenkian.

O animalário ou biotério irá surgir na zona industrial de Vila Nova da Rainha/Azambuja, junto às antigas instalações da General Motors, que encerrou as portas há um ano e meio. O projecto insere-se no conjunto de medidas de compensação do Governo aos 16 concelhos da região a Norte e Oeste de Lisboa, que na última década viram dada como certa a construção do novo aeroporto na Ota.

De um pacote com diversos projectos estimados em 2,1 mil milhões de euros, o animalário é o único investimento liderado por entidades privadas. Os restantes são encabeçados pelas administrações Central e Local.

As cobaias produzidas naquele pólo destinam-se a ser utilizadas em diversas áreas científicas, mas com maior incidência nas doenças oncológicas e cerebrais, segundo fonte oficial da Fundação Champalimaud. O projecto traduz-se num investimento de 36 milhões de euros. Podendo criar não só centenas de postos de trabalho directos especializados (cientistas e veterinários) como indirectos, nos casos de produtores de rações, que fornecem aquele concelho que produz, essencialmente, gado bovino.

As negociações entre o município e a Fundação Champalimaud ocorreram nos últimos três meses, mas terá sido o ministro das Obras Públicas a incentivar a escolha do local, segundo o presidente da Câmara Municipal, Joaquim Ramos.

"Decorreu tudo num tempo recorde. Convidámos Leonor Beleza [presidente da Fundação Champalimaud] que, perante as condições que lhe oferecemos, mostrou-se logo interessada. Também temos excelentes acessos. Mas sem dúvida o ministro Mário Lino fez um enorme esforço para que a Azambuja ficasse com esta produção de animais", explicou o autarca (PS). "Embora não fossemos um concelho dedicado à investigação científica, esta é uma área em que poderemos vir a apostar e atrevo-me a dizer que, talvez com o aeroporto [que ficará em Alcochete] não houvesse lugar para ela", salientou.

O facto de Azambuja ter saído da Junta Metropolitana de Lisboa para entrar na Comunidade Urbana da Lezíria do Tejo, onde pode usufruir de fundos comunitários de desenvolvimento, terá sido outra das razões para a sua escolha.

O mega viveiro de animais irá ser construído num terreno de três hectares, junto à EN3, não existindo ainda qualquer projecto de arquitectura aprovado."

In Jornal de Notícias
E agora, ai de quem proteste, afinal estão a criar mais postos de trabalho, visto o nosso país estar a passar por uma fase com uma taxa de desemprego muito elevada. Vamos todos aplaudir!

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Experimentação Animal

"Cerca de 115 milhões de animais foram usados em investigação científica em todo o mundo só em 2005, de acordo com uma estimativa que teve em conta o número de artigos científicos publicados e que envolviam animais, revelou a União Britânica para a Abolição da Dissecação e testes em animais, num estudo citado pelo jornal “The Guardian”.
Segundo o relatório, a maioria dos animais eram roedores, que representavam 83,5 por cento. Os primatas ocupam 0,15 por cento dos casos, os gatos 0,06 e os cães 0,24.
A organização adianta ainda que a compilação dos dados não foi fácil uma vez que apenas 37 dos 142 países analisados dispunham de registos nacionais. “É chocante verificar que tão poucos países considerem importante este tipo de registo sobre os animais que sofrem nos laboratórios”, acrescentou a organização. “É difícil traçar uma realidade sobre o uso de animais em laboratório, em pleno século XXI quando os números apresentados estão tão subestimados”.
A organização lembra ainda que não estão também incluídos os animais nascidos por técnicas laboratoriais ou aqueles que são mortos para que os seus órgãos ou sangue sejam testados.

O “Guardian” lembra que no Reino Unido os investigadores têm de fazer o registo, bem como dos procedimentos usados e os animais criados por técnicas de manipulação genética. Mas nos EUA, o maior utilizador de animais de laboratório, os números oficiais, que são 17 milhões do total apurado, não incluem ratos, ratinhos, aves, peixes, répteis e anfíbios.

Em Portugal a portaria 1005/92 de 23 de Outubro, nos seus artigos 24º e 25º obriga a que todos os trabalhos de laboratório que recorram a animais sejam previamente comunicados à Direcção Geral de Pecuária, e esta está obriga a apresentar “periodicamente” a relação dos animais usados bem como o uso a que se destinaram. Cumprindo legislação europeia em vigor.
O Liechtenstein e a República de San Marino são os únicos dois países que baniram totalmente o uso de todos os animais em investigação. "



Fonte: Público